Ano de 2012 registra média de 70 acidentes por dia em Santa Catarina
No dia do motorista, comemorado nesta quarta-feira (25), o alerta é para o aumento no número de acidentes em Santa Catarina. Em 2012, a média já extrapolou o ano de 2011. De janeiro a junho, 6.631 acidentes foram registrados em rodovias federais e 6.298 até julho em rodovias estaduais. Uma média de mais de 70 acidentes por dia. Já no ano passado, em 12 meses foram registrados 25.123 acidentes com caminhões, carros e motos em rodovias estaduais e federais. A média foi de 69 acidentes por dia.
Estes dados foram revelados um levantamento entre os dados da Polícia Rodoviária Federal, responsável pelas rodovias federais, e Polícia Militar Rodoviária, que cuida das rodovias estaduais do estado. Somente em 2011, estes acidentes registraram 983 mortes, ou seja, mais de dois catarinenses por dia morreram vítimas do trânsito. Não há dados de mortes em 2012 nas rodovias federais. Mas nas estaduais a média também deve aumentar. Foram 238 mortes até julho deste ano, contra 357 em todo o ano de 2011.
A boa notícia é que a maioria das ocorrências podem ser evitadas, pois de acordo com a Organização Mundial de Saúde, 90% dos acidentes são causados por falha humana, com a imprudência no topo da lista de motivos.
Para isso, uma das soluções apontadas por instrutores de autoescolas é a direção defensiva. "O assunto deveria ser dado desde a escola, pois ela é tanto o carro, quanto a moto, o ônibus o caminhão e até mesmo as pessoas que andam na rua. Vivenciamos todos os dias imprudências, como carros na contramão", afirma o instrutor Rodrigo Gomes, que trabalha na área há três anos e cita a pressa e a distração como correntes para quem dirige nas ruas de Florianópolis. "Na maioria das vezes, quando ultrapassamos um carro que está 'ondulando', é só olhar para ver que ele está mandando mensagem ou falando no celular", afirma ele.
Acender os faróis, manter uma distância segura e parar no sinal vermelho são atitudes de direção defensiva simples, mas que podem evitar muitos acidentes. "Enquanto não tivermos essa consciência, com atitudes simples, o trânsito não vai melhorar. Não adianta estradas boas, parar de vender carros, porque a imprudência não vai parar", afirma um jovem que acaba de completar 18 anos.
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