sábado, 28 de julho de 2012


Missão russa visita frigoríficos em SC

Dois médicos veterinários do Governo Russo estiveram ontem em Rio do Sul inspecionando o frigorífico da Pamplona. Eles chegaram no estado na quinta-feira e fazem parte de uma equipe de oito pessoas que estão no Brasil desde a semana passada. Os russos estão visitando plantas de suínos, bovinos e aves.
Em Santa Catarina eles devem visitar apenas duas plantas de suínos. Além da Pamplona de Rio do Sul, os técnicos russos visitarão a unidade da Marfrig, em Itapiranga, na segunda-feira. Também vão conhecer propriedades de criadores de suínos.
Técnicos do Ministério da Agricultura e da Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) acompanham os russos.  De acordo com o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, a expectativa é de dobrar a venda para os russos, que atualmente é de sete mil suínos por dia. No primeiro semestre os russos foram os principais compradores de Santa Catarina, com 24 mil toneladas, o que representou US$ 70 milhões.
Atualmente apenas as unidades da Pamplona em Presidente Getúlio e da Marfrig em Seara exportam.
O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) Ricardo Gouvêa, está otimista em relação à abertura de novas plantas frigoríficas de Santa Catarina. –A visita de uma missão oficial é um grande indício de abertura de mais exportação- analisou.
Os russos devem analisar todo o sistema de defesa sanitária de Santa Catarina. Gouvêa afirmou que as indústrias e o Estado fizeram investimentos numa parceria público privada para montar barreiras de fiscalização na divisa de Santa Catarina com o Paraná e Rio Grande do Sul e na fronteira com a Argentina. Tudo para garantir o estado como Livre de Aftosa Sem Vacinação.
Para o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi, a vinda da missão russa é uma esperança de que as coisas comecem a melhorar para o setor. –Eles não vieram de graça- declarou. Lorenzi disse que o alto custo da soja e do milho no mercado internacional estão aumentando os custos de produção, mas também podem levar alguns países a importar a carne pronta em vez de insumos para produção própria.
Lorenzi disse que o governo deve sobretaxar a venda de soja e milho para o exterior e estimular a exportação de carne. –Se o governo tiver um pouco de inteligência fará isso- argumentou. Na semana passada o preço do suíno subiu 10 centavos. Mas o custo da soja e milho continua aumentando. Lorenzi espera mais alta do suíno já que muitos produtores eliminaram matrizes.
O Ministério da Agricultura divulgou nesta sexta- feira que a missão russa está ocorrendo dentro da expectativa. A reunião de encerramento está prevista para o dia 3 de agosto, em Brasília.

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